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1ª turma de Medicina da UFN começa internato em hospitais

Dandara Flores Aranguiz

Foto: Dandara Flores Aranguiz (Diário)

Desde o dia 2 de janeiro, alunos do 9º semestre do Curso de Medicina da Universidade Franciscana de Santa Maria (UFN) estão vivenciando, na prática, pelos corredores dos hospitais, o que aprenderam nas salas de aula. É que a primeira turma do curso a entrar na instituição deu início, neste semestre, ao internato em Clínica Médica e Saúde Coletiva em três hospitais da região: a Casa de Saúde, o Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, ambos em Santa Maria, e o Hospital de Caridade Beneficência, de Cachoeira do Sul.

Ao todo, são 34 estudantes em atuação, divididos em seis grupos. Eles farão estágio em forma de rodízio durante seis meses nas enfermarias e nos ambulatórios das instituições de saúde. A iniciativa faz parte do internato de Clínica Médica, estágio obrigatório para os estudantes nos últimos dois anos de graduação.

- Essa é a fase em que os alunos colocam em prática tudo o que aprenderam nos últimos quatro anos. O estágio em Clínica Médica tem duração de cinco meses. São dois meses na Casa de Saúde, dois meses no Caridade e dois meses em Cachoeira. A cada mês, as equipes trocam de lugar. Temos alunos 24 horas dentro do hospital, sempre com orientação - explica o médico endocrinologista Rafael Vaz Machry, professor do curso de Medicina da UFN e coordenador do internato.

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Além do estágio nos três hospitais, o rodízio também contempla um mês de atuação em Saúde Coletiva na 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS). Na Casa de Saúde, estão dois grupos, totalizando 12 alunos, que exercem uma carga horária de 40 horas semanais em escalas rotativas durante 24h por dia.

- É bem focado em colocar a mão na massa. A gente vê que eles estão evoluindo na conduta médica, e é isso que a gente quer, para formar médicos de qualificação para o nosso país - comenta Machry.

Embora a Casa de Saúde já recebesse estagiários de outros cursos (como Enfermagem e de cursos técnicos de diferentes instituições), com o ingresso dos alunos de Medicina, a instituição passa a fazer o papel de hospital de ensino de fato.

- A gente esperava, com certa ansiedade, por esse momento. Favorece uma série de coisas e, com certeza, o hospital e os alunos ganham muito com esse conhecimento compartilhado, mas quem ganha mesmo é a população e os pacientes, que lucram com a qualidade do serviço - diz a diretora da Casa de Saúde, irmã Ubaldina Souza e Silva.

RESULTADOS
Cada aluno fica responsável por dois ou três pacientes e faz toda a evolução, desde a internação até a alta, sob a supervisão de um médico. Aos finais de semana, feriados e à noite, quem dá a orientação e supervisiona o estágio são os médicos da Casa de Saúde. Os casos são discutidos em rounds com os professores e médicos.

- Nesta primeira etapa, nós vivenciamos a enfermaria. Chegamos, visitamos os pacientes, conversamos com eles, com os familiares, elaboramos uma conduta e, depois, fazemos a prescrição e as orientações dos cuidados. É gratificante e, ao mesmo tempo, desafiador, pois sentimos a pressão que é ser médico, mas conseguimos visualizar o bônus e o ônus da profissão - destacou Victório Del Fabro Coelho, estudante do 9º semestre de Medicina da UFN e um dos internos da Casa de Saúde.

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